Minha gente, nunca queiram presenciar um atropelamento! Ou melhor, nunca sejam atropelado, nem atropelem alguém.
Hoje, depois que deixei minha irmã no colégio, uma criança avançou na frente do carro e eu bati nela. Não tenho como descrever o que senti na hora. Eu só vi o vulto, tive a reação de desviar, ouvi a batida, um grito e o menino se ralando no chão, e depois foi só grito da Giselle, que tava do meu lado.
Desci do carro, a mãe já tinha agarrado o menino no colo, chorando, alguém gritou hospital, eu entrei no carro os pais com o menino, uma tia entrou, mas eu gritei que a Gi era médica e ela saiu pra Gi entrar, e dirigi. Não sei como, dirigi, na primeira apertada na embragem a perna tremeu e só! Dirigi voado pro hospital da UNIMED, enquanto a Gi prestava os primeiros-socorros, vendo sinais e acalmando os pais, dizendo que o menino tava bem.
Cheguei no hospital, desceram com a criança, fui estacionar o carro que não podia ficar na área das ambulâncias, e quando eu entrei, ele já havia sido atendido, tava como atendimento normal, não prioritário. Logo soubemos que parecia tudo bem, só muito ferido. Fizeram o Check-up completo (radiografias, ultrasons, tomografias...) e depois de algumas horas a criança foi liberada.
E como foi tudo isso?
Até onde conseguimos (eu, Gi e as tias dele que estavam com a gente na sala de espera) resumir: semana das crianças, o menino deve ter ficado muito entusiasmado por saber que ia ter brinquedos, pula-pula no colégio. Ele (4 anos) nunca foi de sair desembestado assim, pelo contrário, sempre pegava na mão e dizia: olha pro lado, olha pro outro.
O pai nunca parava o carro do outro lado da rua, e hoje parou. As portas do carro são travadas para abrirem só por fora. A mãe desceu, abriu a porta e quando foi buscar a mochila, o menino correu. Correu por trás do carro do pai, e como ele é pequeno, eu não vi. Correu pra cima do carro. Quando ele saiu de trás do carro já foi em cima do meu. Eu ouvi a batida, puxei o volante, vi ele caindo. Por Deus eu estava devagar, e também por Ele eu não bati de frente, porque eu acho que teria passado por cima, tanto pela baixa velocidade quanto pelo tamanho dele.
E por não estar rápido é que não aconteceu nada demais... quer dizer, não sofreu nenhuma fratura, aparentemente nenhuma lesão interna (segundo os exames), só realmente o estresse do susto e das escoriações. Essas sim foram muitas, mais por conta do asfalto.
Enfim... um susto muito grande, mas graças a Deus eu não fugi um minuto do controle, ainda bem que a Gi tava comigo, que isso não aconteceu com a minha mãe dirigindo, não sei como ela teria reagido e sempre é ela que vai deixar a Débora. Ainda bem que eles tinham plano de saúde, que tudo ocorreu sem maiores complicações, que Maria tenha passado na frente.
Acabei não pegando nenhum contato deles, mas vou depois lá na creche dele pra saber da tia (que é a dona) como ele tá, depois informo aqui.
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