"Penso que cumprir a vida seja simplesmente compreender a marcha e ir tocando em frente"

Tocando em frente - Almir Sater

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Ceará, Brazil
Sou um Filho de Deus, antes de tudo. Católico Apostólico Romano, adepto da Renovação Carismática Católica, Ministro de Música por Dom de Deus, Professor de Educação Física por Profissão, mestrando em Fisiologia, que sempre tenta fazer as coisas com o Coração, e sempre busca deixar o Coração nas coisas do Alto. Casado e completamente apaixonado por ela (te amo, Gi), também sou extrovertido, às vezes sarcastico, e um eterno aprendiz (como todo professor deveria ser).

domingo, 7 de junho de 2009

DB - DIA CINCO – 14.06.08 (SÁB)

‘Vamos a la praia, ô ô ô ô ô!!’

 

Acordamos cedo pra variar! Tínhamos que deixar malas organizadas e com uma identificação no saguão para que o povo do hotel fosse pegar para colocar no ônibus. Resolvemos levá-las nós mesmo, porque na outra vez que deixamos as malas na mão de alguém, rasgaram a minha. Fomos pro mezanino, tinha dois buffets de café da manhã.

Fomos pro que tava aberto na hora, que era pra ser o nosso mesmo, o outro era para outros clientes. Eu só sei que não era que nem o de Paris, que a gente ficava bem a vontade, e que tinha ovos, frutas, bacon... Agora tinha apenas um brioche para cada, já posto no prato, um espaço minúsculo, não tinha como se deslocar sem mexer em alguma cadeira, e só tinha pão duro, leite, café, nescau!

Comemos um tanto quanto rápido para subirmos, pegarmos nossas malas aí sim deixar no saguão, e ir para o ônibus, ficar na fila para conseguirmos um local bom (já que tava tão lotado). Quem foi que disse que o povo do hotel levou nossas malas?! Deixei Giselle na fila, fui atrás das malas, quando eu voltei, eles já tinham aberto o ônibus.

Todos os nossos ônibus na Europa tinham uma coisa em comum: não tinham banheiro porque tinham duas portas, uma perto do motorista, como a gente conhece, e outra no meio do ônibus. Pois o ‘feladamãe’ do motorista abriu primeiro a porta do meio, e um bocado de gente entrou antes da Gi, e ainda teve uma senhora na frente dela que não queria entrar.

Pegamos a primeira cadeira, atrás do Federico. Prometi a mim mesmo que se eu sentisse um cheirinho de fumaça de cigarro eu perderia a paciência. No final das contas, deu pra colocar nossas malas num canto bom, nossas poltronas acabaram não sendo o pior de todos os locais, deu pra aproveitar bem a paisagem da estrada, e saímos de Bordeaux rumo a San Sebastian, já na Espanha.

Ainda era antes de 8h quando saímos, e o sol (que já tinha saído desde as 5h30) parecia que agora que estava nascendo. Demorei pra me acostumar com os dias longos, mas foi bom porque deu para aproveitar mais. Pelo caminho fomos percebendo a mudança de terreno, mas ainda tinha belos campos franceses, até passarmos por um rio que é a divisa natural entre a França e a Espanha.

A partir daí percebi que a paisagem da campina francesa ganhou mais árvores, mas não diminuiu em beleza. Algumas horas depois estávamos chegando a San Sebastian, cidade na costa norte da Espanha, que tinha uma praia bonita e que eu tava doido pra tomar um banho lá, mas não íamos ter tempo para isso.

Quando chegamos, parecia apenas mais uma cidadezinha, mas quando chegou na praça da prefeitura, de frente pra baía... ô paisagem linda! Não conheço algumas das praias mais famosas do Brasil, mas me baseando nas nossas praias do nordeste, nunca havia visto nada igual. Havia a praça, bem cuidada, arborizada, e o prédio antigo da prefeitura. Logo depois era a praia, de águas calmas fechada por dois montes, deixando apenas o espaço que dava para o oceano.

Marcamos de nos encontrarmos para seguir viagem ali na praça, às 14hs. Mais uma vez, como em Blois, Toña só vez dizer: “Aqui é San Sebastian, os banheiros são pra lá, é só procurar, e a comida pro lado de cá!”, entrou no ônibus e foi embora mais uma vez com o Federico. Todos nós entramos num consenso de que havia um caso entre os dois, e que eles aproveitavam a folga para ir pr’um motel. Só pode!

Mas fomos andando pela orla, aproveitando a paisagem, tirando fotos, vendo um povo chegando pr’um casamento, uma espanhola tirou fotos nossas elogiando a beleza do casal, encontramos os benditos banheiros, mas acho que eles não usam lá, porque eu vi um senhor trocando de roupa na praia mesmo! Só coberto pela toalha, devia ser normal, tinha uma mulher de topless, mas foi a Gi quem disse, eu não vi.

Pena que não dava para tomar banho mesmo, senão não dava para ver alguma coisa na cidade. Além do mais, tava frio, quase meio-dia e fazendo 16ºC. Mas - apesar do trenzinho ser convidativo para rodar pelo centro - acabamos ficando ali pela região da prefeitura, onde tinha uns comércios e restaurantes, perto da igreja de São Sebastião. A cidade também foi mais um bode-expiatório, um pretexto para não dizer que passamos o dia inteiro viajando. Ao menos, um pretexto muito bonito, que eu adorei conhecer.

Fomos então nas lojas, lembrancinhas, comprei uma blusa da marca kukuxumusu, de lá mesmo, que faz estampas bem engraçadas, como a ‘ovolution’ que eu trouxe. Andamos mais um pouco, a igreja de São Sebastião tava em reforma, fomos até onde havia uma feirinha, e começamos a rodar atrás de comida.

Então, procurando algo que nos oferecesse comida de verdade (tendo em vista a experiência do dia anterior), entramos na casa do paellador, para experimentar a tal da paella, que até então eu nunca havia comido. A garçonete que tava na entrada disse que ainda não estavam aberto, mas deixou que a gente entrasse e se sentasse.

Logo ela trouxe o cardápio das paellas, e eu pedi uma de frango (maldita alergia a marisco!) e a Gi pediu uma mista, com frango e frutos do mar. Demorou um pouco, a fome já apertando o estômago, até que chegaram Paulo e Dorothy mais um casal de Pernambuco, companheiros de viagem, que até agora me arrependo de não ter decorado seus nomes e de não ter trocado contato com eles.

Ficamos conversando, Paulo não quis paella, pediu ovo (!), mas depois entendemos que ele era frugal em suas refeições. Por isso talvez aparentava boa forma física em seus 70 anos, apesar do cigarro tirar o seu condicionamento, não agüentava uma ladeira.

O tal do prato tava bonito e gostoso, mas como nosso colega pernambucano falou, não passava de um risoto metido a besta. Mas pelo menos comemos arroz, ô falta que fazia! Comemos, tiramos mais fotos, e quando vimos já tava na hora de ir para o ponto de encontro, para sermos carregados pela Toña.

San Sebastian é muito bonito, pretendo um dia voltar e conhecer um pouco mais. Quando estávamos saindo, os noivos daquele casamento que tava tendo perto da prefeitura também saíram de charrete pelas ruas da cidade, ruas muito bonitas por sinal. Um dia, quem sabe...

 

Olé!

 

Então pegamos a estrada de novo, rumo a Madri. Toña fez o que ela pouco fez na viagem todinha, explicando alguma coisa da região nos intervalos de seus cochilos durante a viagem. Depois de mais horas de viagem, chegamos a Madri e demos um olé em Toña. Chegamos ao hotel Florida Norte, nossa casa na capital espanhola e logo ficamos sabendo que a doida lá não ia ser mais nossa guia.

Subimos, não esperamos ninguém para levar nossas malas, fomos tomar um banho e aproveitar o quanto desse para descansar porque logo faríamos um tour pela cidade. O quarto era bom, uma boa vista da antiga estação de trem em frente ao hotel. Logo descemos para passear por Madri. Nosso guia agora era Gonçalo, que preferia ser chamado de Gonçalito. Foi uma peça que marcou nossa viagem e que explico porque no próximo dia.

Saímos então, passamos por algumas ruas, vimos vários arcos e portais da antiga muralha de Madri, passamos pelos jardins reais, pelas ruas do centro, tinha até uma despedida de solteiro, na porta de um bar. Não tinha nada que fosse muito chamativo, como a Eiffel em Paris, mas a cidade em si é muito bonita, com belas fontes e praças. Passamos pela estação de trem que sofreu o atentado terrorista e fomos até o Palácio Real, onde moraram todos os reis da Espanha, até a atual “administração”.

Ao chegarmos, havia um estacionamento que não era para ônibus, como o do Louvre. Então o motorista teve que encaixar o ônibus numa passagem estreitíssima e circular num estacionamento pra carro. O povo bateu palmas pela habilidade que ele teve de manobrar. Depois descemos do ônibus e subimos para a praça que fica em frente ao palácio.

Andamos um pouco, tiramos fotos, compramos uns crepes de chocolate gostosos que só, tava tendo uma pequena apresentação de teatro na praça, passeamos pelo jardim, comemos um biscoito com chocolate parecido com chegadinha, fizemos com que o vendedor aprendesse o que era chegadinha, mas não deu muito certo... e fomos até mais a frente, na entrada do palácio e depois ficamos curtindo o pôr-do-sol madrilenho.

Voltamos então para o ônibus e fomos passear mais um pouco até chegarmos a Plaza Mayor. Lá, ficamos livre (de novo) para fazermos compras e procurarmos um local para jantar, tinha até o restô mais antigo do mundo, quando se trata de nunca terem ‘fechado as portas’. Ficamos livres, mas pelo menos o tal do Gonçalito se manteve no local. Fomos entrando em várias lojinhas, comprando mais lembranças, nós e nossos amigos, mas em algum momento a gente se desencontrou.

Acabamos demorando mais um pouco nas lojas e comemos uma pizza bem na entrada da Praça Maior. Quando a gente tava comendo, Gonçalito chamou dizendo que o ônibus tava indo embora, porque ele havia combinado um horário para quem quisesse voltar ao hotel e quem quisesse passear por Madri a noite, poderia ficar a vontade. Só que ele ia embora sem muita gente, pedimos para ele esperar um pouco, e quando subimos no ônibus já queria ir sair saindo (eles não conhecem o pleonasmo, só pode, era subir subindo, descer descendo...). Consegui fazer ele esperar por nossos amigos que do nada apareceram.

Então fomos ao hotel deixar nossas compras e fomos atrás de uma boate, porque a Gi tava louca para conhecer o tutz-tutz da Espanha, recomendação da Ilane, uma amiga nossa. Descobrimos que havia uma boate na tal estação em frente ao Florida Norte, mas que não havia começado ainda. Então pegamos um táxi para ir para uma boate que o Gonçalo indicou, a maior, que fica num teatro antigo, de vários andares e cada andar um estilo de música...

Fomos ficamos rodando pela boate, vendo os andares, as músicas, no terraço tinha tipo um espaço zen, com almofadas e tal, ficamos um pedaço lá conversando e depois descemos, ficando um pedaço em cada canto. Não sei o que foi que viram nessa boate, talvez a sala de vídeos, quase um cinema, mas as músicas, o povo morgado... não gostei muito não.

Fomos até chegar ao térreo e do começou a abrir as cortinas do teatro e um bando de bailarinos vestidos com roupas minúsculas começou a dançar no palco. Eu me perguntei: de novo Moulin Rouge?! Sinceramente, era só pra chamar a atenção porque dançar e animar mesmo que é bom, necas! Fomos embora uma 2h30, tínhamos que acordar cedo no outro dia para irmos a Toledo.

Bom foi a aventura da volta. Pegamos outro táxi, um jovem dos cabelão e barbado dirigindo um Skoda turbodiesel, voava pelas ruas de Madri. Um pouquinho de emoção afinal (a Gi não gostou). Chegamos no hotel, a Gi ligou pra casa, depois subimos e fim do quinto dia.



continua...

http://davibemol.blogspot.com/2009/06/db-dia-seis-150608-dom.html

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