Mais uma voltinha
Quando a gente acordou já foi logo para terminar de arrumar as malas e tomar café, aproveitar o último contato com os nossos amigos de viagem, além –óbvio – de aproveitar o maravilhoso café da manhã. De longe, este hotel foi o que melhor nos recebeu, a moça que ficava perguntando o número de nossos quartos sempre estava com um sorriso no rosto, sempre agradecendo.
Depois, pegamos um táxi, fomos até o centro, no mesmo ponto onde havíamos almoçado no dia anterior, para passear, rever algumas coisas que a Giselle tinha gostado, tentar comprar alguma lembrancinha...
Passou rápido, e também não podemos aproveitar muito porque as lojas abriram tarde, por volta das 10hs. Era engraçado porque até encontramos lojas com vendedores portugueses, com cara de Portugal, decoração portuguesa, mas o caixa sempre denunciava: as lojas (e os donos) eram chinesas. Fazer o quê, eles estão em todo canto do mundo.
O nosso traslado para o aeroporto tava marcado para as 12h15. Então a gente foi lanchar e pegamos mais uma vez um táxi para irmos ao hotel. Arrumamos o resto das malas, e essa foi uma das horas que doeu, sabia que tava perto de voltar à realidade: aquilo tudo foi um sonho.
Então descemos, encerramos a conta, ficamos na lojinha do hotel gastando nossos últimos euros com mais lembrancinhas, até chegar a van que iria nos levar mais uma vez ao terminal aéreo lisboeta. No traslado, fomos eu e Gi mais outro casal que nos acompanhou a viagem desde Madri, que eu não sei os nomes.
Chegamos no aeroporto faltando mais de 2 horas pro nosso embarque, nosso vôo tava marcado para 15h20, ainda era 13h. Então fomos andar mais um pouco pelo aeroporto, tiramos umas fotinhas numa máquina lá, tirei foto com um BMW que estava num estande lá dentro, comemos e depois ainda fomos comprar chocolates pra comer durante a viagem e pra dar pra Jéssica (minha cunhada) quando a gente chegasse aqui. Ô recordação boa dos chocolates de lá!
Aí então ficamos sentados um pouco esperando dar a hora, compramos uns chicletes e ficamos conversando sobre as coisas que vimos entre outras coisas mais. Faltando uma hora, mais ou menos, para a hora do vôo, fomos procurar nosso terminal de embarque. Andamos um bocado pra encontrar a alfândega, e depois mais outro bocado pra achar o nosso terminal. Pense! Andamos pacas de novo, passamos por vários gates até encontrar o nosso, que já tava com uma fila...
Esperamos um pouco, apresentamos nossos cartões de embarque, e descemos pra pegar mais uma vez o ônibus. Rodamos pela pista do aeroporto inteiro, até chegar no A330 que ia nos levar de volta a realidade. Mas antes de subir a escada, a última vez (por enquanto...) que colocamos nossos pés e solo europeu.
“Estamos indo de volta pra casa...”
O Airbus da TAP era bem parecido com o que a gente veio, só não era igual mesmo por conta que a tela de entretenimento era mais paia. Não tinha tanta opção nem touch screen como no primeiro, mas a disposição das poltronas era a mesma, de novo pegamos a
Decolamos, e dessa vez o avião já começou fazendo muita curva enquanto ganhava altitude, acabei ficando um pouco enjoado com as turbulências. Aos poucos já não se via mais o continente e então atravessamos o atlântico novamente, mais 7 horas de vôo. Até que eu dormi um pouco, mandaram fechar todas as janelas, pra quem quisesse dormir e porque realmente a luminosidade era forte.
A única coisa interessante mesmo no retorno foi quando o sol tava começando a se por, e foi bonito de ver. Mais bonito ainda porque do outro lado, o nosso, a lua cheia tava nascendo, realmente espetacular. Só que sempre tem que ter um babaca, né?! Uma mulher louca lá ficou narrando aos gritos o pôr do sol com o nascer da lua. Quando ela deu o primeiro grito: “gente, olhem pra esquerda que a lua...” (!), tava todo mundo dormindo, um monte de gente levou um susto e eu acho que até o comandante soltou alguma imprecação contra ela.
Pouco depois do sol ter se posto, uma claridade apareceu na janela: era a gente se aproximando de Fortaleza. Logo deu pra ver o litoral, aquela mesma beleza relatada antes e que, de novo, não bati foto. Mas enfim, virão outras oportunidades. O Avião deu a volta e aos poucos foi fazendo a aproximação, passando rente nas casas do montese (coitados!), e um pouso perfeito. Tudo bem, pouso perfeito, mas precisava a babaca lá começar a bater palma e cantar musiquinha?!
Taxiamos, estacionamos e deixamos o avião. Apresentamo-nos a fiscalização, e ficamos esperando nossas bagagens, que demorou pacas pra vir. Acabei por encontrar um amigo meu da época de Escola Técnica, que estava retornando de Portugal com a mulher, tava morando por lá. Deu até vontade de imitar, quem sabe depois?!
Pegamos enfim nossas bagagens, as nossas famílias estavam nos esperando no portão de desembarque internacional, abraçamo-nos, matamos um pouco da saudade e depois fomos pra casa, desfazer as malas, começar a ver as lembranças, aos poucos acordar de 9 dias de sonho.
Epílogo
Realmente, não poderíamos ter feito escolha melhor, marcar um grande momento – que foi nosso casamento – com outro grande evento. O casamento por si só já foi a realização de um sonho nosso, e do jeito que foi, uma celebração e uma festa linda, com o complemento dessa viagem maravilhosa, foi a perfeita execução de um conto de fadas.
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